14 de fev. de 2014

Renault lança nova geração do Twingo europeu com motor traseiro

Compacto foi inspirado em outros Renault, como o 5 e o Clio. Brasil vendeu o modelo até 2003, mas não deve receber a novidade.

Novo Renault Twingo (Foto: Divulgação)Novo Renault Twingo (Foto: Divulgação)
 
A Renault apresentou a nova geração do subcompacto Twingo repleta de novidades. O carrinho foi mostrado nesta quinta-feira (13), e traz, entre as novidades, motor traseiro e carroceria de quatro portas. Fora do país desde 2003, ele não deve retornar ao Brasil.


A principal mudança do Twingo é o motor, traseiro, em uma posição pouco usual. Ainda não foram divulgadas informações de cilindrada, potência ou número de cilindros. A inspiração, segundo a Renault, veio do Renault 5 Turbo, esportivo que ficou famoso pelos resultados nas pistas, e tinha o motor disposto na parte de trás.
Renault Twingo (Foto: Divulgação)Renault Twingo (Foto: Divulgação)
 
O visual da traseira também faz menção ao hatch dos anos 80. A linha de cintura, alargada, é idêntica à do 5, assim como a grande tampa traseira de vidro. As lanternas, posicionadas nas extremidades do vidro, parecem uma extensão da tampa.
Na frente, o novo Twingo se parece mais com uma versão moderna do Twingo I, com formas arredondadas. As luzes auxiliares ficam logo abaixo, fora da entrada de ar, assim como no modelo lançado em 2012. Mas agora são iluminadas por LED. A grade, como no padrão visual da Renault, é adornada pelo logotipo da marca no centro e se alonga até os faróis. O interior será mostrado no Salão de Genebra, em março.
Renault Twingo (Foto: Divulgação)Renault Twingo (Foto: Divulgação)
 
Para o desenvolvimento do novo Twingo, a Renault fez uma parceria de cooperação estratégica com a Daimler, proprietária da Smart, que também irá aproveitar o processo para a nova geração do ForTwo.
Na Europa, o Twingo chega à terceira geração, sem as ousadias da primeira, de 1992. Na época, ele causou estranhamento pelo visual extravagante, com o para-brisa inclinado, com formato de cunha, e principalmente, as dimensões compactas e as soluções no interior.
Conceito de subcompacto
Lançado em 1993, o Twingo foi um projeto bem-sucedido da Renault francesa. No início do desenvolvimento, em 1989, a marca precisava de um modelo pequeno, econômico e espaçoso, mas que não concorresse com o Clio. O projeto de Yves Dubreil acabou resultando em um sucesso, de mais de 2 milhões de unidades vendidas e uma primeira geração de longevos 14 anos.
Renault Twingo (Foto: Divulgação)Renault Twingo (Foto: Divulgação)
 
No Brasil

Por aqui, o Twingo começou a ser vendido em 1994, com uma proposta que só foi entendida anos depois. Era oferecido como um modelo pequeno, que privilegiava o espaço interno e o nível de equipamentos. Apesar do tamanho diminuto, apenas 3,43 metros de comprimento, oferecia um ótimo entre-eixos de 2,34 m. Como comparação, o Gol vendido atualmente é 47 cm mais comprido, porém, apenas 13 cm maior no entre-eixos.
As soluções mais criativas apareciam no interior. Para aproveitar cada centímetro do espaço, era possível correr os bancos traseiros sobre trilhos, movendo os assentos em até 17 cm, aumentando a capacidade do porta-malas ou levando os dois ocupantes traseiros com mais conforto. Alternativa semelhante surgiria no Fox, quase 10 anos depois.
Renault Twingo (Foto: Divulgação)Renault Twingo (Foto: Divulgação)
 
O painel de instrumentos era um capítulo à parte. Acima do volante, um pequeno mostrador com as luzes-espia. As demais informações, como nível de combustível, velocímetro e hodômetro, eram exibidas em um display no centro do veículo, de forma digital.
Muito a frente de seu tempo, trazia de série, já em 1998, ar-condicionado, vidros e travas elétricas, CD player e airbags. A direção elétrica, item que ainda passa por um processo de popularização, era opcional na versão mais barata e de série na topo de linha.
O Twingo nunca ganhou uma nova geração no Brasil, apenas atualizações no design de faróis, lanternas e interior. Inicialmente importado da França, passou a ser trazido do Uruguai em 2000, e deixou de ser vendido no final de 2003, devido às vendas em baixa.
O preço nunca foi um grande atrativo. Apesar de completo, desde as versões mais simples, cobrava caro por isso. Quando saiu de linha, custava R$ 27.990, mais do que a versão intermediária de um Clio 1.6, maior e mais potente. Porém, além do ar-condicionado e direção elétrica, oferecia a mais do que o Clio, acabamento de couro.

Participe!Votem no Blog do Largartixa no Top Blog 2013. Deixe aqui seu comentário. Muito Obrigado! Disponível no(a):http://g1.globo.com/carros/

Nenhum comentário: